sábado, 19 de julho de 2008

Encerrando uma fase

meses quero parar esse blog. E, de fato, parei. Não quero mais entender nada, pra ser bem sincera. Não tem me servido de nada o esforço. Não há reconhecimento na tentativa (nada fácil) de querer entender. Exige uma enorme paciência e igual capacidade de suportar a si mesmo, na sua integridade, na luz e na sombra.

Quero agora é agradecer. Começo agradecendo muito ao meu vizinho de cima que tirou o sábado para construir seu armário, provavelmente. Às 9h, pontualmente começou a martelar e, segue - não me parece com intenção de interromper. Está realmente animado!

Obrigada por depois de 3 dias de enxaqueca constante, uma insônia espetacular, pegando no sono às 6h, começar a martelar na minha cabeça, no sábado (!), às 9h (!!).

Obrigada por ter deixado para às 9h já que legalmente vc poderia ter começado às 8h!

E bom sábado para vc tb!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Bolinhos

Um dia ao contrário: tudo para ser péssimo e tantas coisas boas. Por algum mistério do universo, na conta final, poucas vezes me senti tão recompensada.
A verdade é que gosto de trabalhar e, em geral, gosto daquilo que estou fazendo.
Ser chefe é uma fantástica tarefa. Sempre gostei. O preço é caro e quem é sabe. A compensação é poder criar, fazer acontecer, ser obrigado a dar o seu melhor e melhorar mais ainda. Mas, tenho certeza que a coisa mais importante é procurar ser justo.
Não sou uma chefe fácil: sou dura, peso a mão, cobro forte e sou terrivelmente exigente. Gostaria de ser bem melhor.
Sempre trabalhei pelo respeito da equipe. Sempre trabalhei para a equipe. Os chefes me escolheram. À equipe sempre somos impostos. Não há outro modo. É com eles que trabalho.
Não sou hipócrita para dizer que trabalho para o bem da equipe porque blábláblá. Trabalho para o bem da equipe porque sei que disso depende o sucesso do meu trabalho e também porque, confesso, adoro trabalhar em equipe. Acredito nisso.
Mas, macaca velha, sempre estou preparada para o julgamento duro e justo (ou não) de cada um com que trabalho. É o custo da chefia.
Hoje senti-me recompensada. Precisei, e cada um, a seu modo, e todos do mesmo modo, retribuíram com o seu melhor.
Então valeu a pena!
Comeria um prato inteiro de bolinhos da minha avó.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Semana completa


ADOREI! Pinguim vestido de pinguim! Da série "deu a louca nos homens". Onde já se viu vestir pinguim de pinguim?!? Desculpem, o bicho tem 25 anos (e pinguins vivem até 30 anos + ou -), estava perdendo as penas, ok, tudo certo, não? É a velhice, coisa natural. Aí vem uma louca e inventa que vai fazer uma roupa para ele poder nadar sem penas. Mas por quê?

Nada contra o bichinho, pelo contrário, mas é como diz meu filho: panda devia acabar porque um bicho que precisa de vídeo porno para se reproduzir já estaria extinto não fosse a prepotência humana.
Semana fechada com chave de ouro para a raça humana.

domingo, 30 de março de 2008

Contribuição

Adorei o post da Clarissa do "Cinco besteiras que me irritam" e quero dar a minha contribuição.

Sobre falarem comigo antes do café, concordo em gênero, número e grau. Idem para gente que acorda de bom humor. Me irrita tanto que chego a achar que é de propósito. Barra de cereal é a definição perfeita. Sobre filas, confesso que me recuso, nem para assistir o show dos meus sonhos.
Acrescento:
1. Não suporto gente que quando vc está nervosa e irritada (com razão!) fala, "Nossa, calma! Não precisa ficar desse jeito." Ora, se não precisasse por que estaria? Por acaso gosto de estressar. É ÓBVIO que preferia estar calma, e se não estou é porque não dá para estar calma, então não irrite mais ainda. "Calma" ou "Baixa a bola" (nem vou comentar o ralé da frase) só contribui pra irritar mais ainda.
2. Pessoas que não se despedem ao telefone. Terminam a conversa, desligam e vc fica com a maior cara de tacho.
3. Pessoas que mal te conhecem e ficam pegando em vc. Nossa, isso me deixa louca. É aquela coisa invadir a aura. Por mim, andava com uma luminoso: "Mantenha distância de, no mínimo 30 cm. Respeite minha aura".
4. Gente que tem certeza que entende como vc se sente e insisti em garantir "métodos perfeitos, testados por elas mesma" vão resolver o a situação.
5. Essa coisa idiota de TODOS os serviços, assistências técnicas, entregas acharem que é razoável dizer que o atendimento ocorrerá no horário comercial, das 8h às 18h. Como eles fazem quando precisam? Faltam no trabalho e passam o dia em casa aguardando? Se sim, quero um emprego assim.
6. Finalmente, me enche gente saudável. Não come porcaria, olha os rótulos de tudo para garantir que não tenha gordura "trans" (sabe deus, que raio é isso!), faz academia, não fuma e passa o tempo todo "provando" o quanto isso fez da vida uma coisa melhor.

Mas é como digo, a irritação em um dom.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Formigas

Odeio formigas. Simplesmente detesto todas elas e as pequenas mais ainda. Morei num apartamento que certamente fora co-alugado para as malditas formigas. Matá-las virou uma obsessão. Experimentei TODAS as fórmulas divulgadas: sprays - dos específicos para formigas até os mata-tudo; técnicas caseiras - de tapar com uma colinha de farinha e água a entrada dos formigueiros a fazer um rastro de detergente no caminho por elas percorrido. Confesso que, embora inútil, esse último me divertia - ficava observando elas se perderem da "tropa" e irem "desmaiando" rapidinho. De fato, odeio formigas. Não consigo imaginar nada tão perverso que pudesse me dar tanto gosto como vê-las morrer.
Nada disso funciona. Para os interessados, há um produto muito do mixureba (Formicel), que consiste numa seringa com uma coisa bem melada que a gente coloca em qualquer ponto do caminho das malditinhas e elas se reúnem em volta, comem, comem, comem, e saem correndo para avisar suas "amiguinhas". É tiro e queda: não resta uma para contar a história. Tormnei-me uma especialista em matança de formigas.
Minha primeira "pesquisa" escolar, daquelas que íamos às enciclopédias, mais precisamente à Delta Júnior e à Barsa, foi Formigas. Adorei!!!! Fiz meu pai trazer para mim dos EUA um "formigário", que consistia em um aquário fininho que a gente colocava terra, formigas, as alimentava, e ficávamos assistindo sua vida dentro do formigueiro. E mais, pesquisar foi uma descoberta tão fantástica para mim como ler e escrever. Coisas mágicas que no primeiro momento que surgiram já senti que aquilo mudaria o meu mundo.
Depois dos 3 anos de luta contra as formigas e, finalmente tê-las derrotado, passei mais 6 meses naquele apartamento e, me mudei. Comigo não vieram, menos mal. Mas, sempre que encontro com formigas, esmago-as. É como um ritual para que elas não voltem mais. Como se houvesse alguma comunicação possível entre as formigas do universo e matando todas as que eu encontrasse, uma ou outra sobrevivente contasse que sou perigosa, que evitem-me ao máximo, que sobreviver a mim é praticamente impossível. A informação correria o mundo das formigas e, pelo menos na minha casa, elas não entrariam mais.
O fato é que hoje cedo tropecei, na escada do estacionamento do escritório (adoro chamar redação de escritório!), com uma fila de microformigas determinadas. Olhei, já percebi à distância, era só dar um bom pisão sem nem ter de desviar e não fiz. Pensei que tinha que abandonar essas manias, "pensamento mágico é infantilidade" e, num ataque de bondade, achei que era melhor não ficar matando só porque sim.
Encontrei uma formiga no açucareiro. Devia ter esmigalhado aquelas de hoje cedo. Amanhã elas não me escapam.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Divagação matinal

Jamais dobraria uma folha sem juntar pontinha com pontinha, curvar e passar o dedo de leve na dobra e depois cravar as unhas para um vinco perfeito. Meus cadernos nunca tiveram "orelhas". Fui uma criança "como qualquer pai e/ou mãe pode sonhar".
Dobro a folha de qualquer jeito, nem sonho em vincar ´olho e vejo as malditas "orelhas" para tudo quanto é lado. Já não importa. O que não deixa de ser uma pena.

sábado, 8 de março de 2008

Tudo de novo?

Ando pra lá de impaciente. Provavelmente é essa sensação estranha de chegar aos 50 e não ter aprendido a ser "normal".
E o idiota ainda larga uma frase dessas com tom filosófico: "Se me fosse dado o tempo de novo, eu faria tudo do mesmo jeito".
Por favor!!!!! É lóóóóógico que não faria, ou, por acaso, vc é um imbecil? (só pensei a última parte, graçasadeus, não falei)
Eu não faria nada igual outra vez. Nada mesmo. Faria tudo diferente, é lógico. Nada mais medíocre do que o contentamento.
Sequer quereria ser mulher. Gostaria mesmo de experimentar a alma masculina. Sinto uma enorme inveja dela em tudo aquilo que diz respeito à insensibilidade. Queria mesmo só atingir a primeira dimensão da vida, simplesmente não enxergar nada por trás e, com isso, poder, legitimamente, ignorar os sentimentos alheios. Só fico imaginando como aliviaria mais da metade do peso que carrego. Um sonho!
E se fosse mulher também faria tudo diferente. Não seria ruiva porque embora todos digam que é o máximo, o fato é que ser "diferente" de tudo não torna nada mais fácil. Você cria expectativas mesmo antes de abrir a boca. Ninguém escapa ao pensamento "nossa, ela é ruiva...".
Isso só pra falar de duas coisinhas. Nem vou entrar nos temas, casamento, profissão, filhos, família, namoros, amizades, inimizades, psique etc.
Uma coisa é aceitar com gosto, ter um certo orgulho do que passou, poder sorrir uma ou outra vez ao lembrar, conseguir um repertório razoável de "boas" memórias que, de alguma forma, seja capaz de apaziguar as tristezas, as vergonhas, os desgostos. Outra, bem diferente, é o orgulho cego, o egocentrismo tosco, e todas as consequências que isso desencadeia de querer se repetir.
No mínimo, patético.
E assim se perde mais um "(im)possível amigo".

quinta-feira, 6 de março de 2008

Compreendido

Estou bastante intencionada de encerrar minha fase "só queria entender". Chego aos 50 e acho que não quero mais entender, ou pelo menos, tenho a forte esperança que, após atravessar pelo menos de 2/3 do tempo oferecido, minha alma se aquiete e convença-se que não há o que entender.
Mas essa eu preciso compartilhar. É da série universo corporativo. Fizemos a seguinte demanda: "necessito que o ramal 0479 autorize chamadas a cobrar e faça ligações internacionais". Nada muito complexo. Isso gerou uma troca de uns seis emails para esclarecimentos, autorizações etc., que terminou no seguinte email:
"OK, as permissões do ramal foram alteradas
peço apenas que os números dos ramais sejam divulgados corretamente para não haver problemas, pois os números de nossos ramais possuem 5 dígitos e sempre começando com o numero 9
(bold meu) portanto use e divulgue sempre o numero 90479.
Conto com sua compreensão,"
Compreendido!!!!!