quarta-feira, 21 de maio de 2008

Bolinhos

Um dia ao contrário: tudo para ser péssimo e tantas coisas boas. Por algum mistério do universo, na conta final, poucas vezes me senti tão recompensada.
A verdade é que gosto de trabalhar e, em geral, gosto daquilo que estou fazendo.
Ser chefe é uma fantástica tarefa. Sempre gostei. O preço é caro e quem é sabe. A compensação é poder criar, fazer acontecer, ser obrigado a dar o seu melhor e melhorar mais ainda. Mas, tenho certeza que a coisa mais importante é procurar ser justo.
Não sou uma chefe fácil: sou dura, peso a mão, cobro forte e sou terrivelmente exigente. Gostaria de ser bem melhor.
Sempre trabalhei pelo respeito da equipe. Sempre trabalhei para a equipe. Os chefes me escolheram. À equipe sempre somos impostos. Não há outro modo. É com eles que trabalho.
Não sou hipócrita para dizer que trabalho para o bem da equipe porque blábláblá. Trabalho para o bem da equipe porque sei que disso depende o sucesso do meu trabalho e também porque, confesso, adoro trabalhar em equipe. Acredito nisso.
Mas, macaca velha, sempre estou preparada para o julgamento duro e justo (ou não) de cada um com que trabalho. É o custo da chefia.
Hoje senti-me recompensada. Precisei, e cada um, a seu modo, e todos do mesmo modo, retribuíram com o seu melhor.
Então valeu a pena!
Comeria um prato inteiro de bolinhos da minha avó.