domingo, 25 de novembro de 2007

A la Pollyana

É domingo e tenho de terminar o planejamento para 2008. Isso quer dizer: trocentas datas, mil informações para checar (porque, é lógico que todo mundo fez nas coxas e mesmo sabendo que a data precisa é fundamental colocam "entre janeiro e fevereiro", tks! era isso que eu precisava!) e uma encantadora planilha excell (que só é batida na tarefa "como um programa pode ser tão idiota e complicado" pelo project, que, honestamente, acho que vou desistir da idéia de que talvez, com um esforço considerável, eu conseguisse usar), com um sol saudável entrando pela janela, com uma noite mal dormida e uma dor de cabeça que me persegue, ainda assim, penso: "ops! podia ser pior: imagine se eu tivesse que ir para aquele "blade runner", que é o prédio da empresa. Apavorante aos domingos: a nítida sensação que o mundo sofreu um ataque com bombas de nitrogênio e sobrou vc e mais 10. mas posso trabalhar em casa, fumando quantos cigarros me der na telha, bebendo quantos dry-martinis aguentar, ouvindo jonnhy cash, que virou o meu novo vício - não se preocupem, passa, sou assim, obsessiva - sozinha com meus gatos". Ufa! em pleno efeito pollyana.
Meu novo óculos não ficou pronto e agora só vou poder pegar no outro sábado, mas tudo bem, se ficar mais uma semana enxergando mal, vou dar mais valor para essa aquisição nada baratinha. Pollyana em gotas.

A semana foi dos infernos. O mal venceu mais uma batalha - o que tem se tornado quase a regra - e a Lari se foi. Perco mais um dos meus prazeres no trabalho. A boa conversa, o senso de humor impagável, uma sensibilidade para a notícia invejável (e não só para a notícia) e, para além de tudo, super do bem. Mas, como me advertiu a Bárbara, "é super bom para ela, então, estamos contentes, gostamos dela". ok, bárbara, vc tem razão: estou contente por ela. Sou a própria Pollyana!
Nota de rodapé: Para quem não leu "pollyana" é a maldição das meninas da minha geração e de tantas anteriores, foi escrito em 1913, se não me engano, e, em síntese, trata-se de uma órfã, que vive com uma tia sem coração, mas que aprendeu com o pai o "jogo do contente" - sempre focar no lado bom das coisas, apesar de todas as enormes adversidades da vida e sacanagens que te aprontarem. Sem comentários.

2 comentários:

Larissa disse...

Eu li, lóóóógico! Pollyana e Pollyana Moça. E vamos seguir assim, vendo o lado bom e com certeza de que o bem vence no final. Saudade...

Larissa disse...

Tô de blog novo:
http://tonhafever.blogspot.com/