sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Festas de dezembro

A verdade é que não me sinto mesmo "normal" com as festas de dezembro. Mas também não sou muito normal no resto do ano. Não consigo me impregnar com o espírito da coisa.
Mas esse ano, que foi de doer (e ainda não acabou, sempre deixando aquela margem para mais chateações), resolvi ser totalmente corporativa. Justo eu! A-D-O-R-E-I! Quase que me senti normal. Foi uma boa medida. Fúria à apresentação de resultados e à festa da firma, conheci uma montanha de gente que, embora conhecesse, nunca tinha visto - resultado das maravilhas das tecnologias de comunicação - e mais, foi super bacana conhecê-las. Enfim, eu Cuca, adorei a festa da empresa.
Mas ontem, voltando de Porto Alegre, numa fantástica viagem de 6 horas (meio de transporte: avião), irritadésima com tudo, pego um táxi em Guarulhos, cujo motorista, embora alertado para o fato de eu ser fumante, já abriu o diálogo com os malefícios do fumo (hello, e os malefícios de alguém achar que pode - e deve - se meter na sua vida, à meia-noite, de uma quinta-feira, véspera de feriado?). Decido pelo silêncio imediato, mesmo porque o cara estava voando muito mais rápido do que aquele indecente vôo da Gol e eu estava tentando não sentir aquele desejo enorme de ter, como diria um amigo de minha mãe, uma pistola (ou metralhadora, dependendo do caso) com um silenciador e pif! só um zunido e a pessoa no chão, e então, veio aquela onda de final de ano. Desculpem o óbvio, mas foi um ano difícil pra caramba, só superado por aquele em que meu irmão morreu. E quase já ia entrando no meu estado "festas de dezembro" quando, não sei exatamente por qual mágica, consegui alcançar o futuro, que sempre faz sobrar o melhor da vida e dscarta o cotidiano mesquinho que nos engole na passagem, e comecei a lembrar do melhor de cada um com quem estive neste ano. Não me pareceu um ataque "pollyana" - só um filtro rápido sobre o hora a hora, que foi esse ano.
E, se de fato, alguns tornaram a coisa tão ruim, muitos foram, cada um a seu modo e no seu limite, aconchego, prazer, consolo, alegria, descoberta, risadas.
E já tornei-me óbvia.

Nenhum comentário: