sábado, 19 de maio de 2007

O que passa pela caixola?

Há alguns assuntos que se for para tentar entender dá pano pra manga. Os meus preferidos são: elevadores, filas e, o melhor de todos, homens. Não acho os homens difíceis de entender. Eles são bem óbvios, no geral. Bacana é tentar entender o que passa pela caixola quando fazem coisas como:
Encontro marcado, banho tomado, modelito que demandou uma verdadeira revolução - era sexta. O namoro já andava há um tempo, mas ele tinha dito que faria uma "coisa especial", então... não custa dar uma caprichadinha. Maravilha!
Às 20h, estava prontíssima para “o que desse e viesse” - era o que pensava. Às 20h30, pensei que tinha confundido o horário marcado, mas que era oito e alguma coisa era, tinha certeza que não era nove e alguma coisa. ok! ok! Às 21h, comecei a me preocupar.
(pontualidade é uma coisa básica e depois, como dizia um amigo meu, é uma coisa muita simples - basta olhar um relógio, a linguagem é universal e, além disso, para que existe telefone?!?)
Às 21h15, resolvi rever todas as ligações atendidas, não-atendidas, mensagens, enfim... nada que justificasse. Às 21h40, liguei para o bofe – alguma coisa muito grave devia ter acontecido.

oi, tudo bem?
do outro lado, ele:
tudo e vc?
(como?!?!?!)
vc não havia combinado comigo de passar aqui às 20h?
resposta:
putz! é mesmo! me enrolei no trabalho e acabei vindo pra casa.... vou tomar um banho e passo aí..
(como!?!?! passa aqui?!?! ta fazendo favor!?! e quem disse que eu quero!?! to fina) e digo:
olha, vamos deixar pra outro dia... a gente se fala...
ele interrompe:
péra, péra, vc não ta chateada, né?
(não..... imagine..... por que eu estaria? aconteceu alguma coisa chata? e já não tão fina, respondo
olha, não topo essa coisa de agendar e não bancar. Não to a fim de discutir, é sexta, estou pronta e vou sair JÁ! como vc está atrasado uma hora e meia, não se dignou a me telefonar, e vai tomar um banho, então, vamos deixar para outro dia MESMO.
(agora me explica - por que não desliguei o telefone? era óbvio que só ia piorar)
ele diz:
puxa.... eu não queria te chatear, to indo pra aí.
não venha MESMO, eu me conheço, e to saindo.. a gente se fala...

Lógico que eu devia ter saído, mas tava tão irada que toquei o som no máximo (nem tanto porque não sou de incomodar os outros), preparei um dry-martini e (deusexiste) estava no meio de um policial bacana. Mas estava irada - sabe aquela coisa de ficar remoendo, repetindo o diálogo, não acreditando e, tudo outra vez e outra vez.
Passada meia hora, a coisa já estava melhorando - o efeito do álcool é salvador!
Mas não passou 3 minutos do reconhecimento desse estado de leve conforto e toca a campainha.

Não pode ser, mas que língua eu falei?
Era o dito! Mas não era só ele. Como se o fato de estar lá já não fosse suficientemente absurdo, empunhava, com aquele olhar de cachorro lambido, uma dúzia de rosas.
O sangue subiu...
Ai, não quero que a gente (agora é "a gente"! que foi que eu fiz?) fique mal - e coloca sua "solução do problema" em formato de "rosas vermelhas" no meu focinho.
Como!?!?!
Por acaso tenho cara de foca que se consola com uma bola cheia de estrelinhas?
E ficou pasmo quando mandei sair e levar "sua bola cheia de estrelinhas". Achava que tinha feito "o máximo" pra uma "pisadinha à toa".
ok! então arruma uma foquinha adestrada, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

os romances baratos passaram tanto tempo martelando que flores amolecem o coração de qualquer mulher que agora virou resposta-padrão.

a gente podia lançar um movimento meio upsell e falar que rosas não estão com nada, agora é anel diamante ou rua, que tal? :-P

Larissa disse...

vamos atualizar isso aí?